Sarau do Paizão presta homenagem a Abdias Nascimento

Na terceira edição do Sarau do Paizão,@BabuSantana faz homenagem ao professor Abdias Nascimento e sua militância pela arte, política e literatura. Participe! 

Assista em:
https://youtube.com/channel/UCz8FS9fRzVPkaSToXvA2TZQ

#LITERATURAPRETABRASILEIRA

 

01.01 Art Platform: uma proposta artística e decolonial

Ana Beatriz e Thayná Trindade com obras do acervo IPEAFRO. Foto: Elisa Larkin Nascimento

Com as devidas precauções em razão da pandemia, o IPEAFRO recebeu visitas dos diretores da 01.01 Art Platform Ana Beatriz Almeida  e Moisés Patrício, e da curadora Thayná Trindade, nos últimos dias 16 e 19 de outubro. A honra de recebe-los foi desdobramento da ida do IPEAFRO ao espaço da Plataforma na feira ArtRio, realizada na Marina da Glória, Rio de Janeiro. O stand da 01.01 se destacava por apresentar ao público uma coleção de arte decolonial. Sem dúvida, uma estratégia inovadora no mercado das artes e uma ação política de reparação.A plataforma é uma iniciativa pioneira de arte que oferece uma maneira mais consciente de adquirir arte contemporânea, com foco na produção da diáspora africana e africana. Criada por artistas e curadores africanos e brasileiros, a plataforma tem como objetivo reverter antigas rotas de comércio de escravidão em um circuito de intercâmbio cultural e interlocução solidária, promovendo maneiras justas de coletar e consumir arte. O tema é urgente. 

 

Milsoul Santos (IPEAFRO) e Moisés Patrício (01.01 Art Platform), com a pintura “Onipotente e imortal: Adinkra asante”, de Abdias Nascimento e o Exu em bronze de Ronaldo Rego, obras do acervo IPEAFRO.

Foto: Elisa Larkin Nascimento

 

 

 

 

Espaço da 01.01 Art Platform na ArtRio: Elisa Larkin Nascimento (IPEAFRO) com Thayná Trindade, Ana Beatriz e Moisés Patrício (01.01 Art Platform).

Foto: Julio Menezes Silva

 

 

Espaço da 01.01 Art Platform na ArtRio: Thayná Trindade (de costas, lado esquerdo), Elisa Larkin Nascimento (de frente), Andréa Almeira (museóloga, de azul), Ana Beatriz Almeida (01.01 Art Platform) e Marcelo Campos (curador e professor da UERJ, de costas, de branco).

Foto: Julio Menezes Silva

13 de setembro: 105 do nascimento do sociólogo Guerreiro Ramos

Alberto Guerreiro Ramos (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 13 de setembro de 1915 – Los Angeles (EUA), 1982) foi importante cientista social brasileiro.  No jornal Quilombo, órgão de imprensa do Teatro Experimental do Negro, foi articulista contribuindo com importantes textos sobre as relações raciais.

A professora Dra. Elisa Larkin Nascimento, diretora do IPEAFRO, apresentou artigo sobre o autor no Seminário “Guerreiro Ramos – Intérprete do Brasil”, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 10 e 11 de Setembro de 2015  por ocasião do centenário de Guerreiro Ramos. O seminário foi organizado pelo Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas (NUER), da UFSC. Criado em 1986, o NUER é um dos mais antigos NEABs no ensino superior público brasileiro. O seminário contou com a presença de pesquisadores, estudiosos e ex-alunos do professor Alberto Guerreiros Ramos, e com a coordenação geral da equipe do NUER. O IPEAFRO parabeniza o NUER pelo trabalho realizado nesse encontro, que nos brindou com um rico intercâmbio de depoimentos e estudos sobre a vida e obra de Guerreiro Ramos. 
 
 
RESUMO: Guerreiro Ramos exerceu sua “sociologia militante” no Teatro Experimental do Negro (TEN). Desde jovem, ele vinha elaborando sua ideia do “sujeito epistêmico”. Seu legado teórico dialoga com o pensamento sociológico contemporâneo internacional. A autora propõe uma leitura de Guerreiro Ramos em diálogo com autores como Agnes Heller, W. E. B. Du Bois e Manuel Castells, enfocando paradigmas como a redução sociológica, a vida cotidiana, carecimentos radicais, identidades de resistência e de projeto. Examina o papel de Guerreiro Ramos na idealização do Concurso Cristo de Cor, iniciativa do Teatro Experimental do Negro em 1955, realçando o TEN como exemplo do “sujeito epistêmico”. Aprecia textos de Guerreiro Ramos sobre a pintura de Abdias Nascimento, escritos durante o período de exílio dos dois nos EUA, concluindo que a abordagem da estética negra nesse período dá continuidade ao enfoque sobre esse tema desenvolvido nos trabalhos anteriores de Guerreiro Ramos.
 
Leia aqui os demais trabalhos apresentados no seminário, que merecem toda a atenção de quem quer se informar sobre Guerreiro Ramos. Eles estão reunidos em número especial da revista Ilha (da antropologia da UFSC), organizado por Ilka Boaventura Leite e Amurabi Oliveira:

https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/issue/viewIssue/2423/58

 

EDUCAÇÃO: COLEÇÃO DECOLONIAL – DE PRETO PARA PRETO

Em decorrência das mudanças sócio-culturais em curso nas últimas décadas e que encontram seu ápice na pandemia de COVID-19, este programa sobre Coleções Decoloniais tem como objetivo introduzir de maneira mais prática e profunda novas demandas éticas e estéticas do mercado de arte. Busca-se uma compreensão mais diversa e crítica das produções de arte contemporânea de caráter decolonial, em especial a partir de produções africanas e afrodescendentes.

O objetivo dos 5 meses de curso é familiarizar-se com tal produção, bem como desenvolver ferramentas críticas e apurar performances de impacto social correspondentes às novas demandas decorrentes da crise racial e institucional trazidas como marco histórico da atual pandemia. Desta forma os encontros terão como metodologia: estudos de caso, introdução a conceitos filosóficos e cosmogônicos, além de pesquisa de campo e prática curatorial. As sessões serão organizadas uma vez por semana em encontros focados em campos específicos tais como performance institucional, novas ferramentas para leitura de arte contemporânea e práticas artísticas como linguagem. Todo último encontro do mês será marcado por uma atividade interdisciplinar a fim de promover a fusão das disciplinas mencionadas acima. Ao final dos cinco meses, a turma realizará projetos curatoriais completos sob consultoria das facilitadoras e assistência da plataforma 01.01- o formato de realização destes projetos acontecerá em comum acordo entre a turma e as facilitadoras.

Duração do curso: 16 de Setembro de 2020 a 23 de Fevereiro 2021, às quintas-feiras às 20h. 
Para acessar informações clique aqui: https://www.sympla.com.br/curso-colecao-decolonial__956676

SOBRE AS MESTRAS

KEYNA ELISON – Curadora.  Diretira artítisca do Museu de Arte Moderna (MAM-RJ). Pesquisadora, herdeira Griot e xamãnica, narradora, cantora, cronista ancestral. Mestre em História da Arte e especialista em História da Arte e da Arquitetura pela PUC – Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro); bacharel em Filosofia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Curadora da 10a. Bienal internacional de Arte SIART, na Bolivia. Atualmente cronista da revista Contemporary&, e Professora do Programa Gratuito de Ensino da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro.

CAMILLA ROCHA CAMPOS – Auto-evolucionária, artista, escritora e professora. Diretora Artística da Residência Internacional Capacete e membro do Conselho Educativo da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Mestra em História e Crítica de Arte pelo Instituto de Arte da UERJ. Graduada no curso de Gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ. 

ANA BEATRIZ ALMEIDA. Curadora convidada da Bienal de Glasgow de 2020, mestranda em História e Estética da arte pelo MAC-USP e doutoranda pela King’s College (UK). Colaboradora da plataforma 01.01.Entre o final de 2018 e início de 2019 ministrou workshops em instituições europeias e africanas sobre sua pesquisa em novas ferramentas de crítica de arte contemporânea a partir de ritos de morte africanos e afrodescendentes (ANO INSTITUTE- Accra/Gana, Zinsou- Cotonou/Benin, Tate Modern-Londres/Inglaterra, CCA- Glasgow/Escócia, KM Institute for Contemporary Art- Berlin/Alemanha). 

 

 

 

Encontros virtuais celebram conhecimentos de matrizes africanas

O Canal Pensar Africanamente, Selo Negro Edições e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) realizam série de encontros virtuais em torno da coleção Sankofa – Matrizes Africanas da Cultura Brasileira e do livro O Sortilégio da Cor, de Elisa Larkin Nascimento. Serão mais quatro encontros promovidos na segunda quarta-feira de cada mês até dezembro de 2020, sempre às 19h. Haverá sorteio de livros por live. Um primeiro encontro foi realizado no dia 12 de agosto.

A coleção Sankofa – Matrizes Africanas da Cultura Brasileira tem o objetivo de contribuir para uma nova reflexão sobre questões importantes relacionadas à experiência afro-brasileira e às suas matrizes histórico-culturais. Os quatro volumes representam o conteúdo básico do curso de extensão universitária “Sankofa – Conscientização da Cultura Afro-Brasileira”, que o IPEAFRO ofereceu a partir de 1984 na Universidade  do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), primeira universidade do país a adotar o sistema de cotas. Trata-se de uma iniciativa de implantação da política de ensino da história e cultura africana, realizada duas décadas antes das cotas e da Lei 10.639/2003 que tornou esse ensino obrigatório.

Quando: Na segunda quarta-feira de cada mês, de agosto a dezembro de 2020, às 19h
Onde: Canal Pensar Africanamente (YouTube e Facebook)
Link da transmissão no Youtube:  https://www.youtube.com/watch?v=miaW_2TFR-o

AGENDA 

09 de setembro de 2020 – Coleção Sankofa v. 2 – Cultura em Movimento: Matrizes africanas e ativismo negro no Brasil

Participações: 

PETRONILHA BEATRIZ GONÇALVES E SILVA: Professora Emérita da UFSCar. Professora Sênior junto ao Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas da UFSCar. É autora de várias publicações na área da Educação.

ALESSANDRA PIO: Mestra e Doutora em Educação (UFRJ), Pedagoga (UFF). Participou do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, Universidade de Nova York, 2017/2018. Pesquisa a trajetória escolar de alunos negros, avaliação e racismo.

ELISA LARKIN NASCIMENTO: diretora do IPEAFRO e organizadora do livro e da coleção Sankofa. Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP).

SILVANY EUCLÊNIO: mediadora do encontro,  autora de um dos capítulos do livro. Historiadora, educadora, ativista do movimento negro. Coordenadora do Projeto Baobá – Ribeirão Preto Educando para a Igualdade Étnico-Racial (2006 a 2009) e de políticas públicas para e povos tradicionais na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (2011 a 2014). Integra o Conselho Editorial do Canal Pensar Africanamente.

Para ver ao vivo, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=miaW_2TFR-o

Resumo do livro
Com apresentação de Nei Lopes e de Carlos Moore, o livro abre com dois capítulos em que Nei Lopes aborda a cultura banta e o Islão negro no Brasil. Beatriz Nascimento escreve sobre o conceito de quilombo e a resistência afro-brasileira. Elisa Larkin oferece um esboço sucinto sobre o movimento negro no século XX, complementado por um histórico do Memorial Zumbi: comunicado à SBPC e depoimento do historiador Joel Rufino dos Santos. Na segunda parte do livro, com enfoque sobre a atuação do movimento negro na educação, Elisa Larkin apresenta um pequeno histórico da evolução das políticas públicas conquistadas e registra iniciativas no Rio de Janeiro. Vera Regina Triumpho escreve sobre ação educativa no Rio Grande do Sul; Silvany Euclênio relata o Projeto Baobá em Ribeirão Preto, e Piedade Marques depõe sobre ações em Pernambuco.

  

 

14 de outubro de 2020 – Coleção Sankofa v. 3 – Guerreiras de Natureza: Mulher negra, religiosidade e ambiente
 Participações:

HELENA THEODORO, bacharel em direito,Pedagoga, Mestre em Educação, Doutora em Filosofia, Pós doutora em História Comparada. Presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Elas e coordenadora do grupo de pesquisa de carnaval LUPA do IFCS/UFRJ. Autora de vários livros. 
 
LÚCIA XAVIER, é assistente social, cofundadora e coordenadora de CRIOLA, organização de mulheres negras com sede no Rio de Janeiro. Integra o Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, implementado por ONU Mulheres-Brasil.

ELISA LARKIN NASCIMENTO: diretora do IPEAFRO e organizadora do livro e da coleção Sankofa. Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP).

SILVANY EUCLÊNIO: mediadora do encontro,  autora de um dos capítulos do livro. Historiadora, educadora, ativista do movimento negro. Coordenadora do Projeto Baobá – Ribeirão Preto Educando para a Igualdade Étnico-Racial (2006 a 2009) e de políticas públicas para e povos tradicionais na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (2011 a 2014). Integra o Conselho Editorial do Canal Pensar Africanamente.

Resumo do livro
Com apresentação de Mãe Beata de Yemonjá e da socióloga Mirian Goldenberg, o livro abre com textos de Lélia González e Gizêlda Melo Nascimento sobre a mulher negra no Brasil. Helena Theodoro, Sueli Carneiro e Cristiane Cury abordam a mulher e a tradição de matriz africana em quatro textos, seguidos de reflexões de Elisa Larkin e Aderbal Moreira que focalizam o ambientalismo nessa tradição. Hédio Silva Jr. contribui um capítulo sobre o direito e a intolerância religiosa, seguido de textos de Dandara, Nei Lopes e José Flávio Pessoa de Barros com Maria Lina Leão Teixeira e com Clarice Novaes da Mota, que focalizam a relação da tradição de matriz africana com a natureza em diversos aspectos, como o Sassanhe, o Jurema e a ancestralidade banta e indígena.

 

 

11 de novembro – Coleção Sankofa v. 4 – Afrocentricidade, uma Abordagem Epistemológica Inovadora
convidados a definir

09 de dezembro – O Sortilégio da Cor. Identidade, Raça e Gênero no Brasil
convidados a definir


ENCONTROS REALIZADOS (memória)

12 de agosto – Coleção Sankofa v. 1 – A Matriz Africana no Mundo
Participações do filósofo prof. Dr. Renato Noguera, do Departamento de Educação/UFRRJ), pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro) e coordenador do Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (Afrosin); e de Kaká Portilho, doutoranda em Antropologia Social, fundadora e presidente do Instituto Hoju e coordenadora do Centro de Altos Estudos e Pesquisas Afro-pindoramicas. Elisa Larkin Nascimento e a mediadora Silvany Euclênio estarão presentes nas cinco lives. 
Veja completo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=O5WQpf6eHKY&t=28s

Espetáculo sobre Carolina Maria de Jesus chega a Ipanema, no Rio

Andréia Ribeiro interpreta Carolina Maria de Jesus no Teatro. A atriz também foi responsável por obter os direitos autorais junto à família da homenageada. Crédito: divulgação Laura Alvim

Com apenas dois anos de escolaridade, a escritora Carolina Maria de Jesus tornou-se reconhecida internacionalmente por “Quarto de Despejo”, um diário no qual narrou a rotina em uma comunidade de São Paulo. Agora, sua vida é apresentada no Teatro Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro, até o dia 13 de maio, de sexta a domingo. Ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pela internet, nos valores de R$ 40 e 20 (meia entrada e idosos). 

A peça leva aos palcos uma adaptação que mescla”Quarto do Despejo” e Diário de Bitita, também escrito por Carolina, porém, publicado cinco anos após a sua morte. Este outro título é autobiográfico e narra a trajetória, ainda na infância, batalhando por sua sobrevivência. Nascida em 1914, mesmo ano de nascimento de Abdias Nascimento (1914-2011), Carolina Maria de Jesus teve uma infância miserável na qual foi bastante explorada. Logo nos primeiros anos de sua vida, foi obrigada a viver como pedinte para sobreviver.

Matriculada em uma escola apenas por dois anos, nesse breve experiência Carolina aprendeu a ler e após a morte de sua mãe, mudou-se para a favela do Canindé, em São Paulo. Lá, construiu sua casa sozinha para dar conta dos três filhos. E nesta casa simples, paupérrima, escrevia suas obras primas tendo como objeto o seu duro cotidiano, com relatos impressionantes sobre a fome, por exemplo. 

Durante uma reportagem próximo à casa de Carolina Maria de Jesus, o jornalista Audálio Dantas leu os escritos e viu uma obra de arte diante de suas mãos. Nesse contexto, “Quarto do Desejo” foi lançado, trazendo ao público as inscrições de um dos cadernos da autora, e imediatamente alcançou grande êxito: somente no Brasil, foram vendidas 100 mil cópias. O título alçou a escritora ao cenário internacional, sendo traduzido em 13 idiomas, comercializaddo em 40 países e resultaram em artigos no Le Monde (França), New York Times e outros. 

Em 1977, Carolina se juntou aos nossos ancestrais, quando vivia em uma casa simples, de alvenaria, dora da favela do Canindé. Após seu falecimento, continua sendo reconhecida pelo mundo: foi incluída na Antologia de Escritoras Negras, publicada em Nova Iorque, e no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, lançado em Lisboa.

Carolina fora reconhecida tardiamente. Por que? Conceição Evaristo, também escritora, dá uma pista: em entrevista à Carta Capital, Evaristo atribui a invisibilidade e a falta de oportunidade de nossa gente ao racismo institucional. No caso das duas escritoras, na área da literatura. Até quando? 

* Com informações do Jornal VIA, de distribuição gratuita.

SERVIÇO

Local: Casa de Cultura Laura Alvim – Espaço Rogério Cardoso
Endereço: Avenida Vieira Souto, Nº 176 – Ipanema.
Telefone: (21) 2332-2016
Sessões: Sextas e sábados às 20h; domingos às 19h
Período: 20/04 a 13/05
Direção: Não informado
Texto: Adaptação dos textos ’Quarto de Despejo’’ e “Diário de Bitita’’ de Carolina Maria de Jesus
Classificação: 14 anos
Entrada: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia)
Funcionamento da bilheteria: Terça a sexta de 16h a 21h; sábado de 15h a 21h; domingo e feriados de 15h a 20h
Gênero: Drama
Capacidade: 245 lugares
Sinopse: A peça é uma adaptação das obras ‘’Quarto de Despejo’’ e “Diário de Bitita’’, ambas da escritora mineira Carolina Maria de Jesus. A encenação segue o fluxo de memória de Carolina, refazendo sua trajetória da infância miserável em Sacramento, no interior de Minas, quando a chamavam de Bitita, até o lançamento do seu primeiro livro – com enorme sucesso. Uma história surpreendente e inspiradora. A menina que estudou apenas dois anos do primário virou uma grande escritora.