O trabalho aqui em destaque, da Dra. Elisa Larkin Nascimento foi inicialmente apresentado no Seminário “Guerreiro Ramos – Intérprete do Brasil”, realizado na UFSC em 10 e 11 de Setembro de 2015 e que contou com a presença de pesquisadores, estudiosos e ex-alunos do professor Alberto Guerreiros Ramos no centenário de seu nascimento, além de grande público de estudantes e interessados no assunto.
Resumo: Guerreiro Ramos exerceu sua “sociologia militante” no Teatro Experimental do Negro. Desde jovem, ele vinha elaborando sua ideia do “sujeito epistêmico”. Seu legado teórico dialoga com o pensamento sociológico contemporâneo internacional. A autora propõe uma leitura de Guerreiro Ramos em diálogo com autores como Agnes Heller, W. E. B. Du Bois e Manuel Castells, enfocando paradigmas como a redução sociológica, a vida cotidiana, carecimentos radicais, identidades de resistência e de projeto. Examina o papel de Guerreiro Ramos na idealização do Concurso Cristo de Cor, iniciativa do Teatro Experimental do Negro em 1955, realçando o TEN como exemplo do “sujeito epistêmico”. Aprecia textos de Guerreiro Ramos sobre a pintura de Abdias Nascimento, escritos durante o período de exílio dos dois nos EUA, concluindo que a abordagem da estética negra nesse período dá continuidade ao enfoque sobre esse tema desenvolvido nos trabalhos anteriores de Guerreiro Ramos no TEN. Palavras-chave: Sociologia Brasileira. Negros – Brasil. Pensamento Pós-moderno. Arte Negra. Movimento Negro