Ironides Rodrigues nasceu em Uberlândia, cidade de Minas Gerais, no dia 7 de setembro de 1923. Cursou o ginásio em sua cidade natal e, ao seguir para o Rio de Janeiro em 1947, deu prosseguimento aos estudos no Colégio Pedro II e Colégio Universitário do Rio de Janeiro. Morador no bairro de Bento Ribeiro, Ironides trabalhou como garçom em pensões de estudante e como lanterninha e bilheteiro de cinema. Graduou-se em Direito pela Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.
Como jornalista, Ironides Rodrigues tornou-se especialista em crítica cinematográfica e publicava seus trabalhos em diversos jornais como o Correio da Manhã e Vanguarda.
Dotado de uma cultura vasta, lecionou Latim, Francês, Português e Literatura.
Ironides atuou também como teatrólogo, escrevendo várias peças cujo tema relacionava-se às questões do negro brasileiro. Sua primeira obra levada ao palco foi Agonia do Sol, produzida por Washington Guilherme.
Escritor, crítico e ativista negro, Ironides foi um dos colaboradores do Teatro Experimental do Negro desde sua fundação. Ministrou aulas de alfabetização e de cultura geral nos cursos de preparação de elenco do TEN. Contribuiu ainda para diversas atividades da companhia, apresentando palestras, elaborando textos e fazendo traduções para o jornal Quilombo.
Foi secretario Geral da Convenção Nacional do Negro Brasileiro e, no 1º Congresso do Negro Brasileiro, realizado no Rio de Janeiro em 1950, apresentou a tese “Estética e Negritude”, que provocou calorosas discussões.
Ironides Rodrigues faleceu em 1987, deixando duas séries de cadernos sob os títulos de Estética da Negritude e Diários de um Negro Atuante: Cadernos de Bento Ribeiro, além de outros textos que você pode consultar na área Acervo Digital – Documentos – TEN Atores e Colaboradores.