Exposição “Escrito no Corpo” parte de acervo do TEN e do MAN

 
 

Para visitação online: http://fdag-escritonocorpo.com.br/

Em cartaz na Carpintaria (Rua Jardim Botânico, 971, Rio de Janeiro), a exposição “Escrito no Corpo” propõe uma costura entre produções de jovens e consagrados artistas, em diálogo com o acervo do Teatro Experimental do Negro, fundado e dirigido por Abdias Nascimento. Keyna Eleison e Victor Gorgulho assinam a curadoria da mostra, que também reflete sobre a dimensão narrativa do corpo através de diferentes abordagens. As obras apresentadas no espaço partilham a ideia de uma escrita de si através do ato performativo, apresentado em suas múltiplas possibilidades de documentação.

Um dos destaques da exposição é uma obra do nosso artista representado Ayrson Heráclito – “História do Futuro – Corpo e Sal: o capítulo da hidromancia” (2015) – que faz parte de uma série de trabalhos realizados durante a sua passagem pelo Senegal. Em comum, as obras dessa série trazem diferentes elementos naturais – a água, o ar e a terra – e o desejo do artista de compartilhar um futuro com caminhos abertos, tempo para reflexão e esperança em mudanças.

Completam o time de artistas que participam da mostra: Ana Beatriz Almeida, Efrain Almeida, Armando Andrade Tudela, Castiel Vitorino Brasileiro, Rodrigo Cass, Panmela Castro, Melissa de Oliveira, Herbert De Paz, Diambe, Hélio Eichbauer, Moisés Patrício, Iagor Peres, Agrippina R. Manhattan, Abdias Nascimento, Rafael José, Carla Santana, Antonio Tarsis e Adriana Varejão.

Não deixe de visitar a Carpintaria e conferir “Escrito no Corpo”, que segue até 06.02.21. A entrada é gratuita e o horário de visitação é de terça a sexta, das 10h30 às 20h; e sábados, das 12h às 20h. Para visitação online: Para visita online: http://fdag-escritonocorpo.com.br/

Podcast “Vidas Negras” celebra a estética negra de Abdias Nascimento e Goya Lopes

Há cada vez mais estilistas e afroempreendedores criando moda afro-brasileira. Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que a cultura negra era considerada uma forma “primitiva” de arte. No sétimo episódio do Vidas Negras, dois artistas que fizeram da valorização da estética negra um projeto de vida: Abdias Nascimento e Goya Lopes. 

Elisa Larkin Nascimento, diretora do Ipeafro, participa do programa e comenta a estética negra de Abdias Nascimento. ” Ele traz a ideia de una estética própria e de um legado, uma herança cultural africana que seja a base de uma estética própria, e isso é uma coisa muito nova”, comenta Elisa.

Ouça o programa completo em:

Filme de Emicida é uma aula de história e protagonismo negro

O IPEAFRO participou com material de acervo no filme “AmarElo” de Emicida, lançado no último dia de Oxum, 8 de dezembro de 2020, e disponível no Netflix. “Exu matou um pássaro ontem, com uma pedra que só jogou hoje”: AmarElo é a arte política de Emicida. Vale a pena conferir.

AmarElo – É Tudo Pra Ontem, de Emicida,  traz animações, entrevistas e cenas de bastidores. Usando o show do rapper no Theatro Municipal de São Paulo em 2019 como espinha dorsal, o filme dirigido por Fred Ouro Preto explora a produção do projeto de estúdio AmarElo e, ao mesmo tempo, a história da cultura negra brasileira nos últimos 100 anos.

Em 1h30, dividido em três atos (Plantar, Regar e Colher), o filme traça um fio sobre a história da cultura e dos movimentos negros no Brasil, com destaque para o último século. Lélia Gonzalez, Abdias Nascimento, Ruth de Souza são alguns dos nomes lembrados. O documentário tb conta com participações de Fernanda Montenegro, Zeca Pagodinho e Pabllo Vittar. 

Este blog registrou a passagem de Emicida no programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido em 27 de julho de 2020. Na ocasião, o rapper, claro, fez o dever de casa apresentando ao público referências tais como Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Nei Lopes, Luiz Antônio Simas entre outros. Abdias Nascimento e o seu conceito de aquilombar-se foi lembrado, além de seu livro, a nova edição de seu livro “O Quilombismo“, usado por Emicida como cenário para essa já histórica entrevista.

Assista:

EMICIDA NO RODA VIVA: uma voz poderosa

Quarta-feira. Dia de Xangô, rei da justiça

Quarta-feira. Dia de Xangô, rei da justiça. Kaô Kabecile!

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Abdias Nascimento, Xangô Rei. Acrílico sobre tela, 140 x 100 cm. Rio de Janeiro, 1998 #justiça #ipeafro #museudeartenegra #abdiasnascimento