Adinkra | Lançamento na Blooks livraria (RJ)

Luiz Carlos Gá, Miriam Silva (Brasil Chama África) e Elisa Larkin Nascimento no lançamento do Adinkra no Museu de Arte do Rio

Alô Rio de Janeiro! Nesta quinta-feira, 29, às 19h, na livraria Blooks, no Rio de Janeiro, haverá o lançamento do livro Adinkra – sabedoria em símbolos africanos, de autoria de Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá. O evento é gratuito. Na ocasião, os autores dialogam com a designer gráfico Julia Vidal e mediação é de Isabel Diegues, diretora editorial da Cobogó. Em seguida,  confraternização e sessão de autógrafos.  O Adinkra é um sistema de escrita da tradição dos povos do grupo linguístico acã, da África Ocidental. É composto de símbolos gráficos que transmitem aspectos da história, filosofia e valores dessa cultura. 

“Temos certeza de que o conteúdo deste volume será de grande valor para uma população que, para inserir-se num mundo cada vez mais globalizado, procura fundamentar uma nova articulação de sua identidade. Referimo-nos aí à população brasileira, não só aos negros brasileiros. Mas, para os negros, há uma dimensão especial dessa recuperação de sua identidade. A distorção, o escamoteamento e a supressão das referências sobre sua história e cultura significa ignorar as suas raízes, que são também raízes do Brasil. Esse fato contribui para a baixa autoestima, o que impede o acesso pleno às oportunidades e mina a capacidade de lutar por direitos”, escrevem os organizadores do livro, Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá.

A edição conta ainda com um texto do escritor, compositor e cantor Nei Lopes, prefácio do professor, historiador e cientista político ganês Anani Dzidzienyo e um ensaio da pesquisadora e artista plástica Renata Felinto sobre os adinkra e os paradigmas não europeus de registro das historicidades.

Serviço 
Lançamento do livro Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
29/09, às 19h, Blooks livraria
Praia de Botafogo, 316 – Lojas D e E – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ

Sobre os organizadores do livro
Elisa Larkin Nascimento, mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), dirige o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros). Idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da cultura afro-brasileira” na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É curadora do acervo de Abdias Nascimento e autora de O sortilégio da cor (2003) e Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira, 4 vols. (2008-2009).

Luiz Carlos Gá é artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do movimento social afro- brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de Direitos Humanos).

Sobre os participantes da conversa

Julia Vidal é designer gráfico e de moda, educadora e pesquisadora especializada nas etnias culturais brasileiras. Pós Graduada em História – África Brasil, laços e diferenças e mestra em Relações étnico raciais, é gestora da marca que leva seu próprio nome, Julia Vidal .: Etnias Culturais, idealizadora da escola de moda pluricultural Éwà Poranga e tem como propósito desenvolver marcas, produtos e uma educação que valorize a diversidade cultural brasileira.

Isabel Diegues é diretora editorial da Cobogó. Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, atuou como roteirista, produtora e diretora de cinema. Organizadora de diversos livros, entre eles: Paulo NazarethArte Contemporânea/LTDA (2012),  e Adriana Varejão – entre carnes e mares (2010) e  5 x favela (2010). É coordenadora da Coleção Dramaturgia, criada em 2012, com textos de dramaturgos da cena teatral brasileira e internacional. Em 2020, foi comentadora dos três títulos que compõem a coleção Cabeças da Periferia, que pretende revelar, através de entrevistas, o universo e as ideias dos artistas-ativistas, e como seus projetos e ações reinventam os territórios. Reside no Rio de Janeiro.

Sobre a Cobogó
A Editora Cobogó foi criada em 2008, com o objetivo de refletir sobre a arte, a cultura e o tempo presente. A casa possui, hoje, um catálogo de mais de 300 títulos. Destes, 90% são projetos originais, desenvolvidos pela Cobogó junto a seus autores, artistas e colaboradores, em sua maioria brasileiros. Para compor o conjunto de títulos e coleções inovadoras, a Cobogó valoriza a interdisciplinaridade, a pluralidade de vozes e a diversidade de temas, colocando-se como um agente das mudanças de paradigmas em curso no Brasil e no mundo. A cada nova publicação,
a Cobogó estimula a reflexão e promove o conhecimento, levando adiante um projeto consciente de (re)construção coletiva, reafirmando sua crença na transformação das relações sociais por
meio da leitura e da cultura.

Sobre o IPEAFRO
O Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros é uma associação sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro que exerce sua ação em quatro áreas: ensino, pesquisa, cultura e
documentação. Seus objetivos estatutários são: cooperar com a população afrodescendente na recuperação de sua história e na manutenção e expansão de seus valores culturais de origem e do
respeito à sua identidade, integridade e dignidade étnica e humana; dimensionar a importância da contribuição dos africanos e afrodescendentes na construção do Brasil e do mundo; promover e contribuir para o conhecimento sistemático da realidade dinâmica e pluridimensional da comunidade afro-brasileira, bem como das suas relações históricas e implicações atuais com os
africanos e suas culturas, tanto no continente quanto na diáspora africanos, aplicando uma metodologia em consonância com os valores endógenos da própria comunidade afro-brasileira.

Serviço do livro

Título: Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
Organizadores: Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá
Autores: Elisa Larkin Nascimento, Luiz Carlos Gá,
Nei Lopes, Renata Felinto
Designer: Thiago Lacaz
Idioma: Português
Número de páginas: 160
Editora: Cobogó
ISBN: 978-65-5691-076-5
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 cm
Ano de publicação: 2022
Preço: R$ 56,00

 

Serviço 
Lançamento do livro Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
29/09, às 19h, Blooks livraria
Praia de Botafogo, 316 – Lojas D e E – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ
CDD: 306.40148

Livro Adinkra ganha lançamento em São Paulo

Alô São Paulo! Nesta quarta-feira, 21, às 19h, na livraria Megafauna, em São Paulo, haverá o lançamento do livro Adinkra – sabedoria em símbolos africanos, de autoria de Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá. O evento é gratuito. Na ocasião, a autora Elisa Larkin conversa com Jaime Lauriano e Kabengele Munanga, mediada por José Fernando Peixoto de Azevedo, seguida de sessão de autógrafos. O Adinkra é um sistema de escrita da tradição dos povos do grupo linguístico acã, da África Ocidental. É composto de símbolos gráficos que transmitem aspectos da história, filosofia e valores dessa cultura.

“Temos certeza de que o conteúdo deste volume será de grande valor para uma população que, para inserir-se num mundo cada vez mais globalizado, procura fundamentar uma nova articulação de sua identidade. Referimo-nos aí à população brasileira, não só aos negros brasileiros. Mas, para os negros, há uma dimensão especial dessa recuperação de sua identidade. A distorção, o escamoteamento e a supressão das referências sobre sua história e cultura significa ignorar as suas raízes, que são também raízes do Brasil. Esse fato contribui para a baixa autoestima, o que impede o acesso pleno às oportunidades e mina a capacidade de lutar por direitos”, escrevem os organizadores do livro, Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá.

A edição conta ainda com um texto do escritor, compositor e cantor Nei Lopes, prefácio do professor, historiador e cientista político ganês Anani Dzidzienyo e um ensaio da pesquisadora e artista plástica Renata Felinto sobre os adinkra e os paradigmas não europeus de registro das historicidades.

Sobre os organizadores do livro
Elisa Larkin Nascimento, mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), dirige o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros). Idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da cultura afro-brasileira” na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É curadora do acervo de Abdias Nascimento e autora de O sortilégio da cor (2003) e Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira, 4 vols. (2008-2009).

Luiz Carlos Gá é artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do movimento social afro- brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de Direitos Humanos).

Sobre a Cobogó
A Editora Cobogó foi criada em 2008, com o objetivo de refletir sobre a arte, a cultura e o tempo presente. A casa possui, hoje, um catálogo de mais de 300 títulos. Destes, 90% são projetos originais, desenvolvidos pela Cobogó junto a seus autores, artistas e colaboradores, em sua maioria brasileiros. Para compor o conjunto de títulos e coleções inovadoras, a Cobogó valoriza a interdisciplinaridade, a pluralidade de vozes e a diversidade de temas, colocando-se como um agente das mudanças de paradigmas em curso no Brasil e no mundo. A cada nova publicação,
a Cobogó estimula a reflexão e promove o conhecimento, levando adiante um projeto consciente de (re)construção coletiva, reafirmando sua crença na transformação das relações sociais por
meio da leitura e da cultura.

Sobre o IPEAFRO
O Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros é uma associação sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro que exerce sua ação em quatro áreas: ensino, pesquisa, cultura e
documentação. Seus objetivos estatutários são: cooperar com a população afrodescendente na recuperação de sua história e na manutenção e expansão de seus valores culturais de origem e do
respeito à sua identidade, integridade e dignidade étnica e humana; dimensionar a importância da contribuição dos africanos e afrodescendentes na construção do Brasil e do mundo; promover e contribuir para o conhecimento sistemático da realidade dinâmica e pluridimensional da comunidade afro-brasileira, bem como das suas relações históricas e implicações atuais com os
africanos e suas culturas, tanto no continente quanto na diáspora africanos, aplicando uma metodologia em consonância com os valores endógenos da própria comunidade afro-brasileira.

Serviço 
Lançamento do livro Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
21/09, às 19h, Livraria Megafauna
Av. Ipiranga 200, loja 53 – centro – SP

Serviço do livro

Título: Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
Organizadores: Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá
Autores: Elisa Larkin Nascimento, Luiz Carlos Gá,
Nei Lopes, Renata Felinto
Designer: Thiago Lacaz
Idioma: Português
Número de páginas: 160
Editora: Cobogó
ISBN: 978-65-5691-076-5
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 cm
Ano de publicação: 2022
Preço: R$ 56,00
CDD: 306.40148

Salve Emanoel Araújo! Escultor, artista plástico e criador do Museu Afro Brasil

Imagem: reprodução do Instagram

Há sete dias, em 7 de setembro de 2022, o Brasil perdia um de seus mais importantes pensadores da arte: Emanoel Araújo. Escultor, artista plástico e curador , “Emanoel Araújo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país” informa a nota publicada pelo Museu Afro Brasil, organização sediada em São Paulo, fundada pelo artista. Baiano de Santo Amaro da Purificação, Emanoel Araújo nasceu em 1940. 

Filho de uma família tradicional de ourives – um metalúrgico especializado em trabalhar ouro e outros metais preciosos –  aprendeu marcenaria e estudou composição gráfica na Imprensa Oficial de sua terra natal. Em 1960 mudou-se para Salvador ingressando na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde especializou-se no estudo da gravura. Em 1966 recebeu o primeiro prêmio nacional em reconhecimento a sua obra, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo.

Sua carreira foi permeada por honrarias: medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de  Florença, Itália (1972); melhor gravador (1972) e melhor escultor (1973) segundo a Associação Paulista de Críticos de  Arte (APCA); prêmio “Cicillo  Matarazzo”  pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) (1998 e 2007); prêmio Clarival do Prado Valladares e Medalha Zumbi dos Palmares pela Câmara Municipal de Salvador (2020); e medalha Tarsila do Amaral pelo Governo do Estado de São Paulo (2021). Teve cerca de 50 exposições individuais organizadas e participou de mais de 150 mostras coletivas em galerias e museus ao redor do mundo.

Emanoel Araújo, Mulher com frutas na cabeça,1966. Coleção Abdias Nascimento | Museu de Arte Negra | IPEAFRO

Uma dessas exposições onde é possível observar de perto o trabalho de Araújo está em andamento até 2023 no Inhotim, numa parceria do IPEAFRO com o museu localizado em Brumadinho, Minas Gerais. O trabalho de Emanoel Araújo em xilogravura, Mulher com frutas na cabeça (foto), de 1966, integrante da coleção Abdias Nascimento | Museu de Arte Negra | IPEAFRO se junta a dezenas de outros trabalhos artísticos e a uma centena de documentos e fotos para homenagear o legado de outro pensador destacado das artes no Brasil: Abdias Nascimento e o seu projeto de museu, o Museu de Arte Negra, fundado em 1950 e que se tornou uma referência para toda uma geração. 

De alguma forma, o Museu Afro Brasil, em São Paulo, instituição que reúne um acervo de mais de 6 mil obras, entre pinturas, gravuras, esculturas, fotografias e documentos, que revelam a importante contribuição das pessoas negras para a formação cultural do país, é fruto dos esforços pioneiros do projeto Museu de Arte Negra. À frente do Museu Afro Brasil, entre outras realizações, Emanoel Araújo levou adiante uma tradição de construção museológica que priorizou o saber de matrizes afrodiaspóricas com  exposições destacadas que já fazem parte da história da arte no Brasil.

Entre elas, a exposição “África Africans”, que recebeu o prêmio de melhor exposição de 2015 pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido no dia 18 de dezembro de 2017, Emanoel contou um pouco de sua trajetória pessoal e profissional e apresentou a missão institucional do Museu Afro Brasil: tratar “o afrodescendente, africano e negros na 1° pessoa. O museu foi todo pensado na arte, na história e na memória”.  Araújo nos representa! Salve o mestre!

A entrevista na íntegra pode ser assistida abaixo.

Fonte: Museu Afro Brasil e TV Cultura
Foto: Secretaria da Cultura de São Paulo / Reprodução