Exposição “O Jardim Secreto do Valongo” no Rio de Janeiro

Thiago Viana na mostra “O Jardim Secreto do Valongo”. Foto: Julio Ricardo Menezes Silva

Com apoio institucional do Ipeafro, neste dia 08 de dezembro, às 17 horas, dia de celebração à Nossa Senhora da Conceição, data que marca a identidade do Morro da Conceição, o Casarão Cultural João Alabá abre as portas para lançar a sua primeira exposição: “O Jardim Secreto do Valongo”. A mostra traz 25 imagens principais e um acervo que complementa o período anterior as obras que tomaram a zona portuária do Rio de Janeiro e a sua consequente ressignificação.  A captura das imagens apresentadas na exposição seguem o formato preto e branco com uso de filme analógico em 35mm. O trabalho fotográfico iniciado no ano de 2008 por João Maurício Bragança apresenta o cotidiano  dos moradores do lugar, traduzindo as territorialidades e os laços de afeto na região do Porto do Rio de Janeiro.

A exposição “destaca ainda imagens da vida de personagens importantes como Radar e Dona Núbia, últimos moradores que habitaram a antiga Casa da Guarda antes das intervenções do Estado do rio de Janeiro no Jardim Suspenso do Valongo. Toda a experiência é acompanhada pela trilha sonora do artista Ambulante Cultural, com intervenções de vídeo de Raquel Batista e curadoria de Patrícia Mentorco. Para a composição do cenário museológico foram utilizadas peças do desmonte do Armazém Cultural das Artes no Santo Cristo.

O Ipeafro esteve representado na pessoa de Julio Ricardo Menezes Silva.

A entrada é gratuita.  Rua Camerino, Sn. 

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Senhora encruzilhada: uma entrevista com Leda Maria Martins

No dia 28 de abril de 2022, sentada em um banco dentro do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, a prof. Dra. Leda Maria Martins concedeu entrevista para equipe audiovisual responsável pela cobertura da passagem dos congado mineiro pelo museu a céu aberto, como parte das atividades em torno da exposição Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra no Inhotim. Entre os integrantes da equipe, composta por Brendon Campos e Thiago Pacheco, da comunicação do Inhotim, André Luís Nascimento e este autor, pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros. A mim coube  a tarefa de dialogar com Leda Maria Martins.

Local: Inhotim
Data: 28 de abril de 2022
Link para vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=EQq779TfN38&t=213s

Julio Ricardo Menezes Silva (JRMS): O que a senhora viu, o que a senhora sentiu nessa experiência neste domingo Páscoa?

Leda Maria Martins (LMM): Acho que foi muito belo. Essa participação da guarda de Moçambique e do reinado de marinhos, que são terra de quilombo, de fato, né? No termo de seu sentido mais prenélovo, original: são negros em terra de quilombo. Inhotim é terra de preto, né, querido? As grandes fazendas que eram essa terras num passado mais longínquo, a formação de minas em todos os sentidos, ela tem muito a ver com os povos africanos que foram trazidos pra cá, né? Especialmente para Minas Gerais. Então os negros africanos construíram esse Estado, em tudo. Quando você pensa a história de Minas Gerais, que é um dos estados mais importantes no Brasil, na história no Brasil, nós estamos falando de um sem número de insumos que foram trazidos como aporte civilizatório pelos negros, particularmente os povos Bantu. Então quando você pensa em Minas, na mineralogia, na arquitetura, na engenharia, nas artes plásticas, seja na escultura, seja pintura. Nas artes performáticas… O 1° teatro da América Latina é de Ouro Preto, de Minas Gerais, e na época, as companhias de teatro eram compostas por negros. Você pensa nas orquestras… Então, música, dança, arquitetura, engenharia, medicina, mineração, metalurgia e a religiosidade, o aporte religioso. A herança mineira é particularmente Bantu. Aliás, o Brasil quase todo é Bantu. São os povos Bantu que civilizam o Brasil, de norte a sul, de leste a oeste. Os reinados são tradição Bantu….

Eu mesma dei uma entrevista para o podcast aqui de Inhotim que se tratava de deslocamento. O que nós estamos vendo? Um deslocamento e um reassentamento dessa vez. É importante, primeiro: essa reapropriação dos negros por esse espaço. Ou seja, esse não pode ser um espaço para elite branca. E geralmente, a não ser em situações assim, os negros não entram em Inhotim. Inhotim, apesar de ser essa maravilha que é, um dos museus mais conceituados no mundo, ele não é uma espacialidade inclusiva…. e tendo Abdias aqui, quer dizer, um dos grandes ideais de Abdias, e isso não era quando ele se torna político-partidário, né? Não, isso vem desde os primórdios da atuação de Abdias. Abdias prima por uma atuação da inclusividade. A inclusividade da atuação negra, a inclusividade dos saberes negros, da inclusividade das epstemologias negras, das artes negras e da pessoa negra, do povo negro. Então, Abdias estar em Inhotim, olha bem, já é uma intrusão, porque esse não é um espaço inicialmente pensado para negros apesar de ser terra de negros. Originariamente isso é terra de preto, isso é terra de negro. Então, Abdias estar aqui com uma exposição que integra o Museu de Arte Negra que ele tanto idealizou como várias outras coisas, isso é muito interessante. Agora, isso não pode estar exilado da toda a população de Brumadinho. Aí eu te pergunto: o povo de Brumadinho tem vindo aqui? Porque é uma ótima oportunidade de nós criarmos pedagogia… de acrescer os conhecimentos. Seria muito interessante, Julio, que você trouxesse as escolas… Crianças e adolescentes de todos os níveis, sejam do ensino fundamental, ensino médio, das universidades. Tem várias faculdades ao redor de Brumadinho. Que elas viessem para conhecer a exposição e conhecer Abdias. E conhecer a história do Brasil.  E conhecer o papel do negro na história do Brasil conhecendo a história de Abdias como um dos mais ativos, né, personagens negros da hstoria do Brasil. Isto é importante! Não deixar que a exposição se transforme simplesmente em alguma coisa talvez no sentido mais antigo (no sentido) museológico, mas que a exposição se Abdias seja alguma coisa da ordem de um princípio motor de uma sínesi, que é o que funda o pensamento negro, né? A sínese, movimento, a retirar as coisas de lugar pré determinados. Então, eu acho que é importante que Abdias esteja aqui, que a exposição dele esteja aqui, isso pra mim é uma própria infusão no Inhotim. Isso tem que significar alguma coisa em relação ao próprio museu e parque Inhotim, mas também pode ser pensado como meio de expansão do movimento, sabe? Não como uma exposição que chega e vai embora, mas uma exposição que deixe lastro, rastros, sabe? Olha pra você ver: a ideia de trazer o povo de reinado é para que a exposição seja também tematizada por eles. Quando a exposição sair, alguma coisa de Abdias fica conosco e a exposição leva alguma coisa também nossa aqui das Minas.

JRMS: A senhora falou norte, sul, leste e oeste. A senhora falou também a respeito do teatro… eu queria entrar um pouquinho na sua vivência e falar um pouquinho de encruzilhada. Como foi isso na sua vida (LMM dá uma leve risada neste momento)? A senhora teve um trabalho acadêmico que é quase um ato heróico de conceituar algo que é tão difícil de ser conceituado, que são as encruzilhadas. O que tem de encruzilhada nessa exposição e como as encruzilhadas chegaram na sua vida? 

LMM: Você sabe que, na verdade, eu estava falando hoje quando a gente conversava off… naquele momento eu pensei que eu também devo a Abdias eu ter proposto as encruzilhadas como clave teórico metodológica. Porque era justamente quando eu fazia meu doutorado, e o doutorado era a comparação do teatro negro no Brasil e nos Estados Unidos… e no Brasil eu pegava justamente como repertório o Teatro Experimental do Negro (TEN). O foco no Brasil era esse… então eu comparava com o teatro negro nos Estados Unidos nos anos 1960. E olha para você ver que coisa interessante… O Teatro Experimental do Negro no Brasil nos anos 1940, que esse teatro que Abdias funda, ideializa e impulsiona era muito mais radical já nos anos 1940 aqui do que lá. Então eu vou comparar o teatro negro aqui dos anos 1940, o TEN, com o teatro negro lá dos anos 1960. Aí eu consigo estabelecer um nível comparativo. 

E minha grande dificuldade não era as peças. Claro, a pesquisa foi dificultosa no Brasil porque não havia nada como há hoje, né? Se você pensar que estava fazendo essa tese em meados dos anos 1980, não tinha nada. Então eu passava horas e horas na biblioteca nacional fazendo pesquisa toda semana…. o que acontece? Enquanto eu elaborava, eu não encontrava as claves teórico conceituais e metodológicas. Eu já tinha um um grande conhecimento das teorias do teatro ocidental mas eu não achava nelas instrumentais. Tanto as peças do Teatro Experimental do Negro no Brasil quanto nos Estados Unidos me exigiam claves teóricas que não existiam. E aí que eu vou buscar de dentro das culturas negras a encruzilhada, que habita como epistemologia, seja os povos iorubá, seja os povos bantu. Ali eu vou explorar as encruzilhadas como esse lugar de cruzamento semiótico e vou começar a construir e elaborar um conceito que desde então, isso tem praticamente quase 40 anos, meados dos anos 1980, eu proponho encruzilhadas como clave teórica para se pensar de dentro das culturas negras epistemologicamente. Aí vai ser a primeira vez também que alguém vai utilizar Eux como clave, como princípio epistemológico do movimento…. tem essa grande sacada de trazer a encruzilhada como esse lugar… uma clave teórico metodológica. Eu não estou lidando ali especificamente como religião. É o que eu sempre digo: esses princípios de cognição que mantam a culturas negras, eles são pré, pré religião. Eles existem como os grandes princípios  que estruturam o pensamento. E daí as formas de pensamento. É daí que vão derivar todas as religiões, todas as artes, todas as cosmo percepções de mundo, né, assentadas nesses princípios estruturantes. A encruzilhada é um deles, a ancestralidade é outro, o tempo espiralar é outro, as oralituras são outros, né, são todos princípios que eu vou oferecer como chave teórico metodológica para se pensar, primeiro, a diversidade das culturas negras e das manifestações negras. Encruzilhadas surge ali, em meados dos anos 1980, né, e é um conceito que cria pernas… E eu digo: muitas vezes os autores aparecem na criação. E muita vai usar a encruzilhada e nem vai mencionar…  e ela criou pernas mesmo, né? E todo mundo vai usar encruzilhadas, né? (…) Eu faço muita questão de dizer: não estou usando como abstração ou como metáfora. O que eu proponho é uma clave teórica-epistemológica. E para se pensar epistemologicamente também as manifestações negras, que são muito variadas e diversas. Nós não somos unos, né? Nós somos muito diversos. Então, exige de nós também, acho que é necessário que a variedade e pluralidade das culturas negras… exijam de nós também aportes plurais para pensá-las, né? Repara só: quem poderia pensar, quando foi criado Inhotim, apesar disso aqui ser casa de negro… anteriormente ter sido (Leda solta uma gargalhada)… E que é trabalhada por negros, e que é formatada por negros,  quer dizer, algumas décadas…esse cruzamento que se dá agora também…  é resultado disso que você está ouvindo aqui (neste momento, ao fundo, o som dos Reinados do Sapê e XXXXX cantam para ir embora daquele território, quando o som invade nossos ouvidos e faz Leda referenciar o que escutava então) das insurgências dos reinados, da atuação de Abdias… olha pra você ver… nós estamos em reinado se reterritorializando nessas terras, assim também como Abdias. Então, é um cruzamento maravilhoso, querido. E nós podemos pensar encruzilhadas de vários modos: toda a estética de Abdias é centrada na tradição nagô iorubá, que ele reverencia, né? Olha para você ver (indica Leda Maria Martins, fazendo um gesto com o dedo indicador para atrás e por cima do ombro, de onde vem a força da voz e dos instrumentos, das oralituras): os bantos saudando os nagôs. Tudo cruzado!

10ª Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti (FLIDAM)

Está fechada a programação do 10ª Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti (FLIDAM), a ser realizada de 16 a 20 de novembro no Instituto Federal do Rio de Janeiro, campus São João de Meriti ( Rua Vala da Divisa, s/n, Coelho da Rocha, São João de Meriti, CEP: 25550-110).  A entrada é gratuita. Acesse a programação completa e faça a sua inscrição agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10.
 
Com a palavra o curador do evento: “nesta edição de aniversário do festival, a primeira após a pandemia de Covid-19, que assolou a humanidade obrigando aos organizadores a buscar novas estratégias para a realização do Festival, a comissão organizadora aceitou os desafios e buscou abertura para novos caminhos, para a realização do FLIDAM ampliando seus meios de atuação. Em 2022, com a primeira edição presencial, ficou claro que ações voltadas ao território não apenas continuam possíveis durante a pandemia, como são profundamente necessárias. Este ano voltando a marcar presença no território, em especial, chamando a comunidade negra a refletir os ataques sofridos no campo da cultura: na secretaria especial de cultura, pós desmantelamento do ministério, com reflexo na Fundação Palmares que todos conhecem o desfecho. Neste sentido como convite a reflexão a situação atual do país o tema do festival é pela ampliação da política de cotas raciais em universidades e institutos brasileiros”.
Abaixo, alguns destaques da programação:
 
 
A Yawo da Oxum, psicanalista em formação, pedagoga do IFRJ, instituição onde também atua como docente, pesquisadora e orientadora nos cursos de pós-graduação. Atualmente é Diretora de Ensino do IFRJ campus São João de Meriti. É Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ. Desenvolve pesquisa sobre epistemologias alternativas, produção de conhecimento e circulação de saberes com ênfase no pensamento Feminista Negro, Terreiro, Ancestralidade, Encantamento e mãe da Dandara e do João, Luana Luna, será homenageada com o Prêmio Orgulho da Diáspora Africana – Diáspora na 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10
 
O cineasta, doutor e mestre em educação, educador audiovisual e ambiental, pesquisador do GEASur, fundador do CAN – Cineclube Atlântico Negro e do CineGEASur, Clementino Junior, apresentará e debaterá seu curta Romão no Flidamcine, que exibe filmes, curtas e documentários que abordam a cultura afro-brasileira e a diáspora, nesta 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10
 
 
 
 
A Vice-Cônsul do Consulado Geral de Angola no Rio de Janeiro, Srª Madalena Filipi Vusawekumbi, comporá a mesa de abertura da 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10
 
 
 
 
 
 
O rapper, compositor e produtor premiado, influenciador e agitador cultural de destaque na região da Baixada Fluminense, Marcão Baixada, será homenageado com o Prêmio Orgulho da Diáspora Africana – Literatura na 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Dirigente Sindical do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação SEPE São João de Meriti, Juliana Drumond, será homenageada com o Prêmio Orgulho da Diáspora Africana – Educador(a) na 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10
 
 
 
 
 
 
O Professor e orientador no PPGHC/UFRJ, em 2001, recebeu o Prêmio Cidadania Mundial, dado pela UNESCO, A frente do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, Como interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e em parceria com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), o sacerdote realiza anualmente, no terceiro domingo do mês de setembro, a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, Pós-Doutor Babalawô Ivanir dos Santos, será homenageado com o Prêmio Orgulho da Diáspora Africana – Diáspora na 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10
 
 
A Professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (DIHS/ENSP/FIOCRUZ), é Pesquisadora-Líder do ODARA – Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Identidade e Diversidade (CNPq/IFRJ). Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – NEABI do IFRJ Campus Belford Roxo. Presidenta da ABETH – Associação Brasileira de Estudos da Trans-Homocultura. Autora de centenas de publicações, entre elas os livros “Transfeminismo: Teorias e Práticas”, “Homofobia: Identificar e Prevenir”, “Ainda que Tardia: Escravidão e Liberdade no Brasil Contemporâneo”, “Como Eu Não Dancei” e “Eu Não Sou Uma Mulher? E outros Discursos de Sojourner Truth”, entre outros. Foi Visiting Scholar da Duke University (Carolina do Norte/EUA), com a qual desenvolve pesquisa sobre saúde mental de minorias sexuais e de gênero em seis países. Foi a primeira gestora do Sistema de Cotas para Negras e Negros da UnB, tendo ocupado o cargo de Assessora de Diversidade e Apoio aos Cotistas e Coordenadora do Centro de Convivência Negra da UnB, Jaqueline Gomes de Jesus, será homenageada com o Prêmio Orgulho da Diáspora Africana – Educador(a) na 10ª edição do Festival Literário Internacional da Diáspora Africana de São João de Meriti. Inscreva-se agora mesmo em: https://doity.com.br/flidam10

“Resgatamos a bandeira” afirma Nei Lopes ao receber homenagem do Ipeafro em evento da Flup

Toda homenagem a Nei Lopes é pouca. Ainda assim, nós, do Ipeafro, sempre que podemos, insistimos em fazê-la para reverenciar em vida o grande mestre que prefere não ser chamado de griot: há muitas incertezas sobre a origem da palavra. Essa foi uma das inúmeras sentenças proferidas pelo sábio do Irajá na manhã deste primeiro de novembro de 2022, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). Nei participou de um evento organizado pela Festa Literária das Periferias, a Flup, em homenagem ao centenário de Lima Barreto, sob curadoria da pesquisadora Angélica Ferrarez.

Na mesa em torno do livro “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, Nei Lopes compartilhou histórias de sua vida que dialogavam com as do personagem principal do livro de Lima Barreto. Outro participante, o artista Altay Veloso apresentou memórias de um artista de longa trajetória que luta até hoje contra o racismo e mesmo assim, aos 73 anos, sorri e faz sorrir. A jornalista Maju Coutinho mediou o papo com a segurança e o conhecimento que lhe fazem uma das jornalistas mais respeitadas deste país. A artista plástico e empreendedora Dayse Gomes representou o Ipeafro e a memória de Abdias Nascimento: a ela coube a missão de fazer chegar às mãos de Nei Lopes as edições dos catálogos da exposição A Memória é Uma Invenção,  no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Abdias Nascimento, um artista pan-amefricano, no Masp. Ao receber a bolsa que traz a pintura Okê Oxóssi, de Abdias Nascimento, Nei afirmou: resgatamos a bandeira! Foi aplaudido de pé.

 

 

Símbolos africanos são tema da coluna Ipeafro no canal Pensar Africanamente, na próxima terça-feira (1)

Evento ao vivo, online e gratuito, com início às 19h30, terá a participação de Elisa Larkin, Luiz Carlos Gá e Milsoul Santos, com mediação de Silvany Euclênio, além de sorteio do livro “Adinkra – Sabedoria em Símbolos Africanos”

Na próxima terça-feira (1), às 19h30, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), em sua coluna no canal Pensar Africanamente, debate o tema dos Adinkra, um conjunto de símbolos ideográficos pertencentes aos povos Acã, um grupo linguístico originário da África Ocidental. O evento ao vivo, online e gratuito terá a participação dos organizadores do livro “Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos”, Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá, do poeta e escritor Milsoul Santos, autor dos livros “Pássaro preto” e “Amor sem miséria”, e da mestre em Educação pela UFF e Licenciada em História pela mesma universidade, Janete Ribeiro. A mediação é de Silvany Euclênio. Um sorteio exclusivo para usuários do Instagram contemplará dois exemplares de Adinkra. Para participar, siga as instruções do post de divulgação da ação no perfil do Ipeafro (@ipeafro). Os vencedores serão anunciados durante o evento.

O canal Pensar Africanamente é uma ferramenta de comunicação voltada para a produção e disseminação de conteúdos e informações sobre as histórias, culturas, tradições e ancestralidades africanas e afro-diaspóricas, com o objetivo de promover a soberania de negras e negros, e o enfrentamento ao racismo. A coluna do Ipeafro no canal vem desde 2020 promovendo temas de interesse das populações negras com base no acervo e na memória de Abdias Nascimento, co-fundador do Ipeafro ao lado de Elisa Larkin Nascimento. Entre os temas apresentados na coluna
estão questões ligadas à cultura, política, economia, história, literatura entre outras que denunciam o racismo no Brasil e colocam o protagonismo do legado negro-africano em evidência.

O livro “Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos”, uma co-edição entre Ipeafro e Editora Cobogó, apresenta mais de 80 símbolos acompanhados por significados, provérbios e simbologias originais já está à venda no site da editora Cobogó. Para adquiri-lo com desconto utilize o cupom IPEAFRO10 na compra do livro. A validade do desconto é até o dia 10/11/2022.

Sobre o IPEAFRO
O IPEAFRO é uma instituição sem fins lucrativos que se dedica ao trabalho de preservação e difusão do acervo museológico e documental de Abdias Nascimento e das organizações que ele criou. Esse trabalho dá suporte à
sua missão mais ampla de desenvolver ações de caráter educativo centradas no conhecimento e na valorização da história e cultura africanas e afro-brasileiras.

Site | Instagram | Facebook

Sobre Janete Ribeiro
É mestre em Educação pela UFF e Licenciada em História pela mesma universidade. Professora de História da
Rede Faetec, membra do NEAB Sankofa da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch e intelectual da Tríade Academia, Ativismos e Escola Básica.

Sobre Luiz Carlos Gá
É artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio
de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da
UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do
movimento social afro-brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de
Direitos Humanos).

Sobre Elisa Larkin Nascimento
Organizadora do volume e autora dos textos de apresentação, é mestre em Direito e em Ciências Sociais pela
Universidade do Estado de Nova York (EUA) e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP),
foi parceira de Abdias Nascimento. Juntos fundaram, em 1981, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO). Ela conceituou o fórum Educação Afirmativa Sankofa e escreveu diversos livros, entre eles O Sortilégio da Cor; os quatro volumes da coleção Sankofa; Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos e Abdias Nascimento, A Luta na Política. É curadora do Museu de Arte Negra online e participa da curadoria da exposição Abdias Nascimento e Museu de Arte Negra, realizada em parceria do Ipeafro com o Inhotim (2021-23).

Sobre Milsoul Santos
Autor dos livros Pássaro preto e Amor sem miséria, milita politicamente através da arte.

KAZA 123 RECEBE LANÇAMENTO DO LIVRO ADINKRA, SABEDORIA EM SÍMBOLOS AFRICANOS

Atividade terá mesa de conversa, sessão de autógrafos e confraternização. Abena Busia, embaixadora da República de Gana, confirmou presença. 

A Kaza 123, centro de convívio da cultura negra localizado no coração de Vila Isabel, tradicional reduto do samba no Rio de Janeiro, recebe dia 20 de outubro, às 18h, o lançamento do livro Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos. A obra, organizada por Elisa Larkin e Luiz Carlos Gá, apresenta mais de 80 símbolos gráficos acompanhados de seus significados e provérbios desse sistema de escrita dos povos do grupo linguístico Acã, da África ocidental. Os símbolos incorporam, preservam e transmitem aspectos da história e filosofia dessa rica cultura africana.

A atividade terá uma roda de conversa com os organizadores do livro. Eles dialogam com Maria Julia Ferreira, profissional que traz a simbologia Africana em suas criações no universo do design gráfico. A mediação do papo é de Lica Oliveira, comunicadora, atriz, ex-atleta profissional de vôlei e cofundadora, com Maria Julia, da Kaza123. A embaixadora Abena Busia, representante no Brasil da República de Gana, compartilhará sua vivência direta da tradição dos adinkra. Por mais de 40 anos, a diplomata lecionou nos departamentos de Inglês e Mulheres, Estudos de Gênero e Literatura Comparada na Rutgers, Universidade do Estado de Nova Jersey. 

Após a conversa, confraternização e sessão de autógrafos. A entrada é gratuita. Será possível adquirir quitutes tradicionais da Angurmê Culinária. O evento é uma realização conjunta do Ipeafro com a editora Cobogó, a Livraria Kitabu e a Kaza 123. A publicação da nova edição de Adinkra este ano coincide com duas datas fundamentais para a história brasileira: os 200 anos da independência e os 100 anos da Semana de Arte Moderna. Ambos eventos constituem-se como referenciais primeiros da identidade nacional, registrada como fenômeno notadamente de memória branca e paulista – que, consequentemente, marca os cânones do imaginário nacional. Questionando implicitamente este imaginário oficial, o livro realça a perspectiva de que a arte negra no Brasil passa do moderno para o contemporâneo na medida em que “a negritude se explicita e assume um lugar visível e afirmativo pelas mãos de artistas negros e negras. A incorporação dos adinkra ao fazer artístico brasileiro faz parte deste fenômeno”, afirmam os organizadores.

SERVIÇO
Evento: Lançamento do livro Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos
Local: R. Visc. de Abaeté, 123 – Vila Isabel, Rio de Janeiro – RJ, 20551-080
Data: quinta, 20 de outubro, às 18h
Entrada: gratuita

SOBRE OS ORGANIZADORES
Elisa Larkin Nascimento, mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), dirige o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros). Idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da cultura afro-brasileira” na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É curadora do acervo de Abdias Nascimento e autora de O Sortilégio da Cor (2003) e Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira, 4 vols. (2008-2009).

Luiz Carlos Gá é artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do movimento social afro-brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de Direitos Humanos).

SOBRE IPEAFRO
Há 40 anos o IPEAFRO vem se dedicando a preservar e difundir o acervo museológico e documental de Abdias Nascimento e das organizações que ele fundou ao longo de 97 anos de vida: Teatro Experimental do Negro (1944), jornal Quilombo (1948), Museu de Arte Negra (1950), e o próprio IPEAFRO (1981). A missão do Instituto é combater o racismo e desenvolver, a partir do conteúdo desse acervo, ações de caráter educativo e cultural centradas na valorização da história e cultura africanas e da Diáspora.

SOBRE KAZA 123
A Kaza123 é um espaço acolhedor como toda casa deve ser. Aqui respiramos o melhor cheirinho e saboreamos o melhor tempero do Angurmê Culinária, trocamos saberes inspirados nos melhores títulos da Livraria Kitabu, e mergulhamos na arte, na cultura, na moda e na beleza, com a Complexo B, Andrea Brasis e Espaço L.O. Situada no coração do bairro de Vila Isabel, na Zona Norte da capital fluminense, no Rio de Janeiro.

SINOPSE DO LIVRO
Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos reúne os ideogramas da escrita da tradição dos povos do grupo linguístico acã, da África Ocidental. Em um universo filosófico e estético baseado no corpo humano, figuras de animais, plantas, astros e outros objetos, os desenhos incorporam, preservam e transmitem aspectos da história, filosofia, valores e normas socioculturais dessa rica cultura africana. O livro apresenta mais de 80 símbolos acompanhados por significados, provérbios e simbologia originais. Mais do que uma homenagem a essa ancestralidade, a obra ajuda a fundamentar uma nova articulação da identidade brasileira.

Como celebra o escritor, compositor e cantor Nei Lopes, em texto para o volume, “E assim como o kra é muito mais que a ‘alma’, um adinkra é muito mais que um símbolo gráfico. Então, através deste belo acervo, reunido e redesenhado por Elisa Larkin e Luiz Carlos Gá, em momento tão oportuno, a África parece vir dizer aos que a menosprezam e humilham, depois de tudo o que dela já fruíram, este provérbio acã: ‘Se a floresta te abriga, não a chame de selva’”. A edição conta ainda com o prefácio do professor, historiador e cientista político ganês
Anani Dzidzienyo e um ensaio da pesquisadora e artista plástica Renata Felinto sobre os adinkra e os paradigmas não europeus de registro das historicidades.

FICHA TÉCNICA
Organizadores: Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá
Coleção: Coleção Encruzilhada
Coordenador da coleção: José Fernando Peixoto de Azevedo
Idioma: Português
Número de páginas: 160
ISBN: 978-65-5691-076-5
Capa: Thiago Lacaz
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 cm
Ano de publicação: 2022

SERVIÇO

Evento: Lançamento do livro Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos
Local: R. Visc. de Abaeté, 123 – Vila Isabel, Rio de Janeiro – RJ, 20551-080
Data: quinta-feira, 20 de outubro, às 18h
Entrada: gratuita

MAIS INFORMAÇÕES
Julio Ricardo Menezes Silva
redes@ipeafro.org.br
+55 21 99722-5153

IPEAFRO promove celebração do 78º aniversário do Teatro Experimental do Negro

Atividade na Aparelha Luzia terá lançamento de dois livros que registram o legado de Abdias Nascimento, homenagem a coletivos de teatro negro de São Paulo e outras atrações

Abdias Nascimento (centro) ministra aula de alfabetização e cidadania no contexto de realizações do Teatro Experimental do Negro, 1944. Acervo Ipeafro

São Paulo, outubro de 2022 – Em comemoração ao 78° aniversário de fundação do Teatro Experimental do Negro (TEN), o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) realiza em São Paulo, dia 13 de outubro, às 18h30, na Aparelha Luzia, centro cultural e quilombo urbano, o lançamento de dois livros fundamentais para a memória do protagonismo negro na constituição deste país: o clássico do Teatro Negro Brasileiro,  ‘Sortilégio’, de Abdias Nascimento, e ‘Abdias Nascimento, a Luta na Política’, de Elisa Larkin Nascimento. Será um encontro de intelectualidades negras – escritores, políticos, autoridades religiosas, ativistas e artistas comprometidos com a pauta racial. Entre os nomes confirmados estão Érica Malunguinho e Jessé Oliveira.

A programação trará a leitura dramática de trechos de Sortilégio e de textos da atuação política de Abdias Nascimento, além de uma homenagem do Ipeafro aos coletivos de teatro negro de São Paulo. O evento tem produção, roteiro e direção artística do premiado artista negro e baiano Ângelo Flávio Zuhalê. “A noite será uma linda  celebração  do legado do Teatro Experimental do Negro que inspirou os diversos coletivos de teatro negro em todo o país. O público entrará em contato com as personagens icônicas do clássico do Teatro Negro Brasileiro, Sortilégio, de Abdias Nascimento performadas por artistas da cena de São Paulo”, conta Zuhalê, que também é diretor teatral,  dramaturgo, roteirista e fundador da Cia. Teatral Abdias Nascimento, em 2002, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), primeira Cia. de teatro negro em território acadêmico do Brasil.

Fundado no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1944, o Teatro Experimental do Negro fez da arte dramática uma ferramenta política para inserir pessoas negras na cena brasileira. O grupo se propôs a recuperar as contribuições ao país da pessoa e da cultura africana e afrodescendente, negadas por uma sociedade imbuída de conceitos pseudo-científicos e eugenistas sobre a suposta inferioridade da raça negra. Mas o TEN ultrapassou a fronteira dos palcos: promoveu cursos de alfabetização e cidadania; fundou o jornal Quilombo, referência histórica da mídia negra; criou o Museu de Arte Negra, cujo acervo, guardado pelo Ipeafro, está em exposição na mostra Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra, no Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, até 2024. 

Levando  adiante o legado de Abdias Nascimento e das organizações criadas por ele, o Ipeafro escolheu a Aparelha Luzia, fundada em 2016 pela ativista, artista, crítica de arte, educadora e Deputada Estadual por São Paulo, Érica Malunguinho, para ser palco da celebração dessa data histórica. “O terreno urbano criado pela embaixadora do Museu de Arte Negra / Ipeafro, a deputada Érica Malunguinho, é foco de convivência das artes e artistas negras contemporâneas de todos os gêneros e gerações de São Paulo. A deputada é uma das várias herdeiras do legado de Abdias Nascimento e sua atuação nas artes e na política. Nada mais natural, adequado e inspirador do que realizar essa celebração na Aparelha Luzia”, diz Elisa Larkin Nascimento, autora, pesquisadora e co-fundadora do Ipeafro.

Diante da ameaça à democracia e dos recorrentes assassinatos e agressões à população negra e à comunidade LGBTQIA+ que nos afligem hoje, a celebração da companhia de teatro criada por Abdias Nascimento retoma e valoriza a atuação política deste intelectual e artista defensor dos direitos humanos, com o lançamento de dois livros que documentam sua trajetória. O livro Abdias Nascimento, a Luta na Política, de Elisa Larkin Nascimento, conta com um texto da deputada Érica Malunguinho. Ambas as autoras estarão presentes no evento para uma sessão de autógrafos, como também o ator e diretor teatral Jessé Oliveira, fundador do grupo Caixa Preta de teatro negro de Porto Alegre. Ele é autor do ensaio que traz a presença e o depoimento de protagonistas e realizadores do teatro negro atual, em todo o Brasil, para a nova edição do clássico do teatro negro brasileiro Sortilégio, de Abdias Nascimento. O livro inclui, ainda, uma entrevista com Ângelo Flávio, diretor e produtor da estreia mundial do texto definitivo de Sortilégio, que também participa da noite de autógrafos.

O evento, em comemoração ao 78° aniversário de fundação do Teatro Experimental do Negro é uma parceria institucional entre Aparelha Luzia, Editora Perspectiva, GRIOT Assessoria e IPEAFRO.

SERVIÇO
Evento: 78°aniversário de fundação do Teatro Experimental do Negra
Local: Aparelha Luzia – Rua Apa, 78 – Campos Elíseos, São Paulo
Horário: 18h30
Entrada: gratuita (sujeito a lotação)

SINOPSES DOS LIVROS

  1. SORTILÉGIO

Incrível a atualidade desse clássico do teatro negro brasileiro. A cada vez que nos deparamos com um texto de Abdias Nascimento, salta aos olhos o frescor, a pertinência e a contundência de sua prosa ou poesia, de seus diálogos, de sua força, de sua capacidade como orador. Sortilégio escancara a brutalidade do racismo no Brasil, denuncia a farsa da democracia racial e ainda ilumina e se abre para uma poderosa cultura brasileira de matriz africana. Esta edição marca o estabelecimento do texto definitivo da peça, musicado por Nei Lopes, e traz análise de Elisa Larkin Nascimento sobre as encruzilhadas e os diálogos que a obra provoca entre o masculino e feminino, o moderno e o contemporâneo. Em texto do diretor, produtor e gestor cultural Jessé Oliveira, o livro traz à cena os realizadores atuais de teatro negro, complementado por entrevistas com Léa Garcia, atriz protagonista da montagem de estreia em 1957, e Ângelo Flávio Zuhalê, diretor da montagem de 2014, centenário de Abdias Nascimento.

 

FICHA TÉCNICA

Autor: Abdias Nascimento
Apresentação e Prefácio: Elisa Larkin Nascimento
Participação: Léa Garcia, Jessé Oliveira e Ângelo Flávio Zuhalê
Assunto: Teatro / Dramaturgia
Coleção: Paralelos
Formato: Brochura
Dimensões: 14 x 21 cm
160 páginas
ISBN 9786555051087
E-book: 9786555051094
Lançamento: 27/05/2022

  1. ABDIAS NASCIMENTO, A LUTA NA POLÍTICA

Abdias Nascimento foi uma das mais importantes e brilhantes lideranças do Brasil, dedicando-se intensamente ao enfrentamento do racismo e à promoção do legado cultural afro-brasileiro. Escritor, artista plástico, dramaturgo, deixou um legado cultural incontornável através do TEN, Teatro Experimental do Negro, das pinturas que realçam sua ligação com a cultura africana e dos livros que denunciam o racismo e a violência das relações étnico raciais no Brasil. Na década de 1980, ele se dedicou à política institucional do Congresso Nacional, onde acreditava ser necessário pôr em pauta as questões raciais e implementar políticas públicas de reparação. Muito do debate atual e das políticas públicas inauguradas no país, nós devemos à sua atuação parlamentar, que é o objeto deste livro.

FICHA TÉCNICA

Autora: Elisa Larkin Nascimento
Coleção: Debates
Assunto: Política
Formato: Brochura
Dimensões: 11,5 x 20,5 cm
240 páginas
ISBN 9786555050806
E-book 9786555050813
Preço E-book: R$ 34,90
Lançamento: 29/11/2021

Sobre o IPEAFRO

O IPEAFRO é uma instituição sem fins lucrativos que se dedica ao trabalho de preservação e difusão do acervo museológico e documental de Abdias Nascimento e das organizações que ele criou. Esse trabalho dá suporte à sua missão mais ampla de desenvolver ações de caráter educativo centradas no conhecimento e na valorização da história e cultura africanas e afro-brasileiras.

Site | Instagram | Facebook

Sobre Elisa Larkin Nascimento 
É mestre em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York (EUA) e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Foi parceira de Abdias Nascimento. Juntos fundaram o IPEAFRO, em 1981. Elisa conceituou o fórum Educação Afirmativa Sankofa e escreveu diversos livros, entre eles O Sortilégio da Cor; os quatro volumes da coleção Sankofa; Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos e Abdias Nascimento, A Luta na Política. É curadora do Museu de Arte Negra virtual do Ipeafro e participa da curadoria da exposição Abdias Nascimento e Museu de Arte Negra, realizada em parceria com o Inhotim (2021-24).

Sobre Ângelo Flávio Zuhalê 
É ator, diretor, produtor, iluminador, dramaturgo, roteirista, preparador de elenco e repórter. Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Direção Teatral formado pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (2006). Artista premiado e polivalente, ele fundou a primeira companhia de teatro negro em território acadêmico do Brasil, a Cia Teatral Abdias Nascimento na UFBA (2002). Paralelo à sua carreira profissional, Ângelo Flávio é um ativista que luta em defesa das causas sociais, temas sempre recorrentes em suas premiadas montagens. É pesquisador do teatro negro, com palestras em diversas universidades dopaís e um dos entrevistados do livro Sortilégio, ao lado de Léa Garcia e Jessé Oliveira.

Sobre Jessé Oliveira 
Jessé Oliveira é gestor cultural, autor e diretor de teatro e mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fundador do grupo Caixa-Preta, de Porto Alegre, ele dirigiu mais de 40 espetáculos, apresentados em todo o Brasil e na América Latina. Dirigiu Das Pferd des Heiligen na Alemanha, com texto de Viviane Juguero e argumento do diretor. Recebeu o Prêmio Florêncio de Melhor Espetáculo Estrangeiro no Uruguai, por Hamlet Sincrético. Tem livros publicados nos campos do teatro de rua e teatro negro. Dirigiu a Casa de Cultura Mário Quintana, e atualmente é Coordenador de Artes Cênicas de Porto Alegre. 

IMPRENSA:
GRIOT Assessoria | Cristhiane Faria – 11 9 5471 8879 | griot.assessoria@gmail.com   
IPEAFRO Comunicação | Julio Ricardo Menezes Silva | – 21 99722-5153 |redes@ipeafro.org.br 

 

Coluna Ipeafro no canal Pensar Africanamente discute 78° aniversário do TEN

Canal Pensar Africanamente
Coluna IPEAFRO
Terça-feira, 4 de outubro de 2022, 19:30

Tema: 78 Anos do Teatro Experimental do Negro

Em 13 de outubro de 1944, um grupo de artistas e intelectuais negros se reuniram para criar o Teatro Experimental do Negro (TEN). Nascido junto com o teatro moderno no Brasil, o TEN desenvolveu sua atuação teatral trazendo pessoas negras para o palco e para a dramaturgia como protagonistas. Além disso, atuava politicamente contra a discriminação racial e pelos direitos humanos e sociais do povo negro. Para marcar os 78 anos do TEN, o Ipeafro realiza ato cultural e lançamento de livros no Aparelha Luzia, em São Paulo, com direção artística de Ângelo Flávio e participação de Érica Malunguinho. Neste encontro, conversamos com duas pesquisadoras e protagonistas da cena contemporânea que estão entre os maiores pensadoras do teatro hoje.

A Editora Perspectiva oferece para sorteio dois exemplares de Sortilégio, a peça teatral de Abdias Nascimento. A nova edição do texto definitivo da peça inclui textos de Jessé Oliveira, fundador do grupo Caixa Preta, e entrevistas com os atores Léa Garcia e Ângelo Flávio. Um texto introdutório de Elisa Larkin Nascimento situa historicamente a trajetória e evolução desse clássico do teatro negro e do teatro brasileiro.

Participantes:

Carmen Luz é cineasta, coreógrafa, artista visual e diretora de teatro. É bacharel e licenciada em Português–Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pós-graduada em Cinema-Documentário pela Fundação Getulio Vargas, Pós-graduada em Teatro pela UFRJ e Mestre e Arte e Cultura pelo Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ. É fundadora e diretora da Cia. Étnica de Dança e integrante da Orquestra de Pretxs Novxs e diretora do documentário Um filme de dança, de 2013.

Leda Maria Martins é poeta, ensaísta, dramaturga e professora. É mestra em Artes pela Indiana University e doutora em Letras/Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui pós-doutorados em Performance Studies pela New York University e em Performance e Rito pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Publicou os livros O moderno teatro de Qorpo-Santo (Ed. UFMG, 1991), A cena em sombras (Perspectiva, 1995) e Afrografias da memória (Perspectiva, 1995). Em 2017 foi criado o Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras.
Leda é ainda Rainha de Nossa Senhora das Mercês da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário no Jatobá, em Belo Horizonte.

Elisa Larkin Nascimento, organizadora do volume e autora dos textos de apresentação, é mestre em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York (EUA) e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), foi parceira de Abdias Nascimento. Juntos fundaram, em 1981, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO). Ela conceituou o fórum Educação Afirmativa Sankofa e escreveu diversos livros, entre eles O Sortilégio da Cor; os quatro volumes da coleção Sankofa; Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos e Abdias Nascimento, A Luta na Política. É curadora do Museu de Arte Negra online e participa da curadoria da exposição Abdias Nascimento e Museu de Arte Negra, realizada em parceria do Ipeafro com o Inhotim (2021-23).

Sorteio: Para participar do sorteio você precisa ter uma conta no Instagram. Até às 21h dia da coluna do IPEAFRO no Pensar Africanamente, você vai fazer o seguinte:

(1) Compartilhe este evento no seu Stories, mencione e siga: @ipeafro @pensar.africanamente e @editoraperspectiva
(2) Faça um comentário e marque dois amigos

ATENÇÃO: não é permitido marcar contas fakes.

Lembre-se: o prazo é até as 21h do dia do evento. Boa sorte!!!

Adinkra | Lançamento na Blooks livraria (RJ)

Luiz Carlos Gá, Miriam Silva (Brasil Chama África) e Elisa Larkin Nascimento no lançamento do Adinkra no Museu de Arte do Rio

Alô Rio de Janeiro! Nesta quinta-feira, 29, às 19h, na livraria Blooks, no Rio de Janeiro, haverá o lançamento do livro Adinkra – sabedoria em símbolos africanos, de autoria de Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá. O evento é gratuito. Na ocasião, os autores dialogam com a designer gráfico Julia Vidal e mediação é de Isabel Diegues, diretora editorial da Cobogó. Em seguida,  confraternização e sessão de autógrafos.  O Adinkra é um sistema de escrita da tradição dos povos do grupo linguístico acã, da África Ocidental. É composto de símbolos gráficos que transmitem aspectos da história, filosofia e valores dessa cultura. 

“Temos certeza de que o conteúdo deste volume será de grande valor para uma população que, para inserir-se num mundo cada vez mais globalizado, procura fundamentar uma nova articulação de sua identidade. Referimo-nos aí à população brasileira, não só aos negros brasileiros. Mas, para os negros, há uma dimensão especial dessa recuperação de sua identidade. A distorção, o escamoteamento e a supressão das referências sobre sua história e cultura significa ignorar as suas raízes, que são também raízes do Brasil. Esse fato contribui para a baixa autoestima, o que impede o acesso pleno às oportunidades e mina a capacidade de lutar por direitos”, escrevem os organizadores do livro, Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá.

A edição conta ainda com um texto do escritor, compositor e cantor Nei Lopes, prefácio do professor, historiador e cientista político ganês Anani Dzidzienyo e um ensaio da pesquisadora e artista plástica Renata Felinto sobre os adinkra e os paradigmas não europeus de registro das historicidades.

Serviço 
Lançamento do livro Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
29/09, às 19h, Blooks livraria
Praia de Botafogo, 316 – Lojas D e E – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ

Sobre os organizadores do livro
Elisa Larkin Nascimento, mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), dirige o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros). Idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da cultura afro-brasileira” na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É curadora do acervo de Abdias Nascimento e autora de O sortilégio da cor (2003) e Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira, 4 vols. (2008-2009).

Luiz Carlos Gá é artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do movimento social afro- brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de Direitos Humanos).

Sobre os participantes da conversa

Julia Vidal é designer gráfico e de moda, educadora e pesquisadora especializada nas etnias culturais brasileiras. Pós Graduada em História – África Brasil, laços e diferenças e mestra em Relações étnico raciais, é gestora da marca que leva seu próprio nome, Julia Vidal .: Etnias Culturais, idealizadora da escola de moda pluricultural Éwà Poranga e tem como propósito desenvolver marcas, produtos e uma educação que valorize a diversidade cultural brasileira.

Isabel Diegues é diretora editorial da Cobogó. Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, atuou como roteirista, produtora e diretora de cinema. Organizadora de diversos livros, entre eles: Paulo NazarethArte Contemporânea/LTDA (2012),  e Adriana Varejão – entre carnes e mares (2010) e  5 x favela (2010). É coordenadora da Coleção Dramaturgia, criada em 2012, com textos de dramaturgos da cena teatral brasileira e internacional. Em 2020, foi comentadora dos três títulos que compõem a coleção Cabeças da Periferia, que pretende revelar, através de entrevistas, o universo e as ideias dos artistas-ativistas, e como seus projetos e ações reinventam os territórios. Reside no Rio de Janeiro.

Sobre a Cobogó
A Editora Cobogó foi criada em 2008, com o objetivo de refletir sobre a arte, a cultura e o tempo presente. A casa possui, hoje, um catálogo de mais de 300 títulos. Destes, 90% são projetos originais, desenvolvidos pela Cobogó junto a seus autores, artistas e colaboradores, em sua maioria brasileiros. Para compor o conjunto de títulos e coleções inovadoras, a Cobogó valoriza a interdisciplinaridade, a pluralidade de vozes e a diversidade de temas, colocando-se como um agente das mudanças de paradigmas em curso no Brasil e no mundo. A cada nova publicação,
a Cobogó estimula a reflexão e promove o conhecimento, levando adiante um projeto consciente de (re)construção coletiva, reafirmando sua crença na transformação das relações sociais por
meio da leitura e da cultura.

Sobre o IPEAFRO
O Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros é uma associação sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro que exerce sua ação em quatro áreas: ensino, pesquisa, cultura e
documentação. Seus objetivos estatutários são: cooperar com a população afrodescendente na recuperação de sua história e na manutenção e expansão de seus valores culturais de origem e do
respeito à sua identidade, integridade e dignidade étnica e humana; dimensionar a importância da contribuição dos africanos e afrodescendentes na construção do Brasil e do mundo; promover e contribuir para o conhecimento sistemático da realidade dinâmica e pluridimensional da comunidade afro-brasileira, bem como das suas relações históricas e implicações atuais com os
africanos e suas culturas, tanto no continente quanto na diáspora africanos, aplicando uma metodologia em consonância com os valores endógenos da própria comunidade afro-brasileira.

Serviço do livro

Título: Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
Organizadores: Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá
Autores: Elisa Larkin Nascimento, Luiz Carlos Gá,
Nei Lopes, Renata Felinto
Designer: Thiago Lacaz
Idioma: Português
Número de páginas: 160
Editora: Cobogó
ISBN: 978-65-5691-076-5
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 cm
Ano de publicação: 2022
Preço: R$ 56,00

 

Serviço 
Lançamento do livro Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
29/09, às 19h, Blooks livraria
Praia de Botafogo, 316 – Lojas D e E – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ
CDD: 306.40148

Livro Adinkra ganha lançamento em São Paulo

Alô São Paulo! Nesta quarta-feira, 21, às 19h, na livraria Megafauna, em São Paulo, haverá o lançamento do livro Adinkra – sabedoria em símbolos africanos, de autoria de Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá. O evento é gratuito. Na ocasião, a autora Elisa Larkin conversa com Jaime Lauriano e Kabengele Munanga, mediada por José Fernando Peixoto de Azevedo, seguida de sessão de autógrafos. O Adinkra é um sistema de escrita da tradição dos povos do grupo linguístico acã, da África Ocidental. É composto de símbolos gráficos que transmitem aspectos da história, filosofia e valores dessa cultura.

“Temos certeza de que o conteúdo deste volume será de grande valor para uma população que, para inserir-se num mundo cada vez mais globalizado, procura fundamentar uma nova articulação de sua identidade. Referimo-nos aí à população brasileira, não só aos negros brasileiros. Mas, para os negros, há uma dimensão especial dessa recuperação de sua identidade. A distorção, o escamoteamento e a supressão das referências sobre sua história e cultura significa ignorar as suas raízes, que são também raízes do Brasil. Esse fato contribui para a baixa autoestima, o que impede o acesso pleno às oportunidades e mina a capacidade de lutar por direitos”, escrevem os organizadores do livro, Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá.

A edição conta ainda com um texto do escritor, compositor e cantor Nei Lopes, prefácio do professor, historiador e cientista político ganês Anani Dzidzienyo e um ensaio da pesquisadora e artista plástica Renata Felinto sobre os adinkra e os paradigmas não europeus de registro das historicidades.

Sobre os organizadores do livro
Elisa Larkin Nascimento, mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), dirige o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros). Idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da cultura afro-brasileira” na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É curadora do acervo de Abdias Nascimento e autora de O sortilégio da cor (2003) e Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira, 4 vols. (2008-2009).

Luiz Carlos Gá é artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do movimento social afro- brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de Direitos Humanos).

Sobre a Cobogó
A Editora Cobogó foi criada em 2008, com o objetivo de refletir sobre a arte, a cultura e o tempo presente. A casa possui, hoje, um catálogo de mais de 300 títulos. Destes, 90% são projetos originais, desenvolvidos pela Cobogó junto a seus autores, artistas e colaboradores, em sua maioria brasileiros. Para compor o conjunto de títulos e coleções inovadoras, a Cobogó valoriza a interdisciplinaridade, a pluralidade de vozes e a diversidade de temas, colocando-se como um agente das mudanças de paradigmas em curso no Brasil e no mundo. A cada nova publicação,
a Cobogó estimula a reflexão e promove o conhecimento, levando adiante um projeto consciente de (re)construção coletiva, reafirmando sua crença na transformação das relações sociais por
meio da leitura e da cultura.

Sobre o IPEAFRO
O Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros é uma associação sem fins lucrativos com sede no Rio de Janeiro que exerce sua ação em quatro áreas: ensino, pesquisa, cultura e
documentação. Seus objetivos estatutários são: cooperar com a população afrodescendente na recuperação de sua história e na manutenção e expansão de seus valores culturais de origem e do
respeito à sua identidade, integridade e dignidade étnica e humana; dimensionar a importância da contribuição dos africanos e afrodescendentes na construção do Brasil e do mundo; promover e contribuir para o conhecimento sistemático da realidade dinâmica e pluridimensional da comunidade afro-brasileira, bem como das suas relações históricas e implicações atuais com os
africanos e suas culturas, tanto no continente quanto na diáspora africanos, aplicando uma metodologia em consonância com os valores endógenos da própria comunidade afro-brasileira.

Serviço 
Lançamento do livro Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
21/09, às 19h, Livraria Megafauna
Av. Ipiranga 200, loja 53 – centro – SP

Serviço do livro

Título: Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos
Organizadores: Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá
Autores: Elisa Larkin Nascimento, Luiz Carlos Gá,
Nei Lopes, Renata Felinto
Designer: Thiago Lacaz
Idioma: Português
Número de páginas: 160
Editora: Cobogó
ISBN: 978-65-5691-076-5
Encadernação: Brochura
Formato: 14 x 21 cm
Ano de publicação: 2022
Preço: R$ 56,00
CDD: 306.40148