Juarez Ribeiro, Elisa Larkin Nascimento, Marina Edi Silva Rodrigues, Petronilha Gonçalves e Silva, e José Carlos Silva Rodrigues em vista à Bienal do Mercosul

A 11ª Bienal do Mercosul se destaca pela grandeza de sua proposta e de sua realização. Num momento de crise, em que o patrocínio cultural definha, a equipe persistiu na sua proposta estética e social, trazendo uma abordagem que “estimula o pensamento crítico, denuncia injustiças, mostra indignação e nos ajuda a romper barreiras, projetando-nos em direção ao futuro”. Num momento de ânimos políticos polarizados, a Bienal estimula sentimentos “que nos aproximam e nos fazem perceber que, queiramos ou não, pertencemos a uma fraternidade maior denominada humanidade” (Palavras de Gilberto Schwartsmann, presidente da Fundação Bienal do Mercosul, em artigo publicado no Correio do Povo em 07.04.2018). Leia o artigo completo aqui.

Sob a sensível curadoria de Alfons Hug, e contando com um processo inclusivo e participativo que deu base a uma série de eventos correlatos, a Bienal do Mercosul aborda dimensões e perspectivas às vezes surpreendentes e sempre autênticas do triângulo África-Europa-Américas, sem fugir dos genocídios e sem procurar sustentar mitos ufanistas. Traz as vozes e interpretações de artistas que vivenciam as realidades históricas e contemporâneas, as continuidades e as rupturas da experiência diversa dos povos desse Atlântico. Reúne 70 artistas e coletivos cujos depoimentos às vezes parecem inscritos em carne viva, e o impacto sobre a alma é fortíssimo. Vale a pena ir a Porto Alegre conferir.

SERVIÇO

A 11ª Bienal do Mercosul está aberta até o dia 03 de junho de 2018 nos espaços do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Praça da Alfândega e Igreja Nossa Senhora das Dores, no Centro Histórico de Porto Alegre. Há atividades complementares em comunidades quilombos e em outros espaços como a mostra de documentários “Sagrados Africanos no Sul do Brasil” (Santander, 04 a 20 de maio).